domingo, 30 de janeiro de 2011

Protesto dos Malditos



O Movimento da Cultura Maldita através deste texto ou oratória, vem alertar sobre os problemas reais que a hiperindustrialização cultural traz para os artistas e para a população em geral.

Esta hipermassificação da cultura controla o estilo de vida das pessoas através da TV, rádio e revistas, como por exemplo, canal aberto, rádio AM e FM, revista caras entre outras. Estes meios de comunicação usam da produção audiovisual para impor uma vida igual para todos, os mesmos gostos, as mesmas marcas, tudo isso sem sair de casa, consequentemente vivendo num mundo próprio, porém padronizados, onde essas indústrias ganham rios de dinheiro.                                                                                                                                                                                                                                                                                

É só observarmos como uma novela “global” tem a capacidade de ditar moda, costumes, gírias e muitas outras coisas. Quantas vezes nos deparamos com outras pessoas usando jargões, trejeitos, roupas, musicas, elaborados pelas emissoras de televisão através da sua programação. Nem as crianças escapam. E isso não se deve somente aos meios de comunicação televisivos, existem também nas tendências musicais, teatrais e vários outros tipos de comunicação de massa.

Nós do Movimento da Cultura Maldita, acreditamos que esta influência negativa esteja padronizando não só o gosto artístico da sociedade, como também em suas formas de lazer, conversas, pensamentos, opiniões, criticas até a interação social.

Sabemos que mesmo vivendo em uma sociedade que convive com culturas mistas e gostos diversos, a grande maioria é privada da sua individualidade, isto é, não há muitas escolhas. Somente a classe dominante tem acesso as diversidades culturais.

Esta massificação não só atinge quem a consome, mas também quem tenta produzir fugindo desta padronização. Vários artistas com muito talento, principalmente na fase inicial da sua vida artística, acabam por enterrá-la, pois não há espaços que os divulguem ou que os sustentem. Está havendo um “artecídio”, de artistas novos, de novos ramos da arte e até da velha arte, pois tudo que é velho é obsoleto para a indústria cultural.

Não há mercado suficiente para todos, pois só é exposto aquilo que a indústria acha que será consumido em larga escala.

Não mudaremos isto tão já. Não queremos ser os salvadores dos artistas que são escamoteados por estes meios, somos um canal de viabilização precariamente tentado divulgá-los, dando os primeiros passos de uma longa e contínua caminhada.

Se não por nós, que venham outros que observem estes problemas e não fiquem só na observação, atuem, tentem, mas nunca morram sabendo que nunca tentaram ou atentaram contra isto.



MOVIMENTO DA CULTURA MALDITA.              

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